sábado, 20 de setembro de 2014

Teoria da Burocracia e Teoria da Ação Social

Teoria da Burocracia
Inicialmente vale apontar que a burocracia caracteriza-se por ser a forma de organização humana fortemente arraigada na racionalidade. Através dela, visa-se adequar os meios aos objetivos pretendidos de modo a otimizar processos e trabalhos, priorizando a eficiência e a obtenção plena destes objetivos, e essa espécie de organização data da Antiguidade.

Essa teoria desenvolveu-se especialmente em função dos seguintes aspectos: Primeiramente frente a fragilidade apresentada pela Teoria Clássica e a Teoria das Relações humanas (contraditórias entre si), que impossibilitavam uma abordagem mais abrangente de problemas organizacionais. Alem disso, mostrava-se cada vez mais necessário a existência de um modelo de organização capaz de abranger todas as variáveis envolvidas, e que fosse aplicável a toda espécie de organização humana, especialmente as empresas.

Ao passo que as empresas cresciam em tamanho e em complexidade, pedia-se por um modelo organizacional cada vez mais definido. A organização de pessoal e de tarefas de grandes empresas exigiriam um nível de controle que a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas não eram capazes de oferecer. A descoberta dos escritos de Sociologia da Burocracia de Weber foram essenciais para a reviravolta nesse momento. Basicamente, segundo essa teoria, um homem pode e é pago para comportar-se de dada maneira e reagir com a exatidão que lhe fora explicada, sem que se permita que suas emoções possam vir a interferir neste seu desempenho. 

Weber já identificava fatores que favoreciam o desenvolvimento da burocracia moderna, entre eles: inicialmente, o desenvolvimento e fortalecimento de uma economia monetária, onde a moeda substitui a remuneração em espécie, centralização a autoridade da administração burocrática; além disso, o sociólogo enxergava o crescimento – tanto quantitativo como qualitativo – da tarefas administrativas do Estado Moderno como mais um fator que propiciava o desenvolvimento da burocracia; por fim, ele acreditava e defendia na superioridade técnica do tipo burocrático de administração. Assim como é perceptível que esses conhecimentos acerca da burocracia ainda nos influenciam até os dias de hoje, muitos outros saberes de Weber permanecem cada vez mais importantes, principalmente na Sociologia.


Teoria da Ação Social
Dentre as ações sociais, Weber as resume em quatro fundamentalmente: ação social racional com relação a fins, ação social racional com relação a valores, ação social afetiva e ação social tradicional.

Percebe-se então que o que ele define como ação social, é toda aquela ação orientada ao outro, tendo sua fonte motivadora pautada em costumes, sistemas de valores e etc. Assim, pode-se compreender que esse conceito é extremamente presente em sua obra denominada “A ética protestante e o espírito do capitalismo” onde sua inserção no sistema de valores e pensamentos dos protestantes o levou a questionar e problematizar as relações entres esses comportamentos e ações e o avanço do capitalismo nessa sociedade.

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